Mania: definição, causas, sintomas e tratamento

Mania é uma condição descrita como uma transformação significativa no humor e na energia. Indivíduos em um episódio maníaco apresentam um estado de euforia, pensamentos rápidos, inquietação, comportamentos impulsivos e até agressividade e alucinações. Por ser um transtorno pouco compreendido por muitas pessoas, ele também traz consigo preconceitos, podendo dificultar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento correto. Dessa forma, pessoas em mania são estigmatizadas e, muitas vezes, enfrentam até o isolamento, o que pode agravar ainda mais esse transtorno. Para tirar todas as dúvidas e desmistificar essa condição, neste artigo, vamos explicar um pouco sobre o que é mania, principais causas, sintomas mais comuns e as opções de tratamentos mais eficientes.

white and black abstract painting
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O que é mania?

A mania é uma condição na qual a pessoa possui um nível elevado de energia, o que altera significativamente o seu humor, além de desencadear outras condições, como falta de sono, pensamentos acelerados, falas rápidas e comportamentos exagerados.

No caso da hipomania, ela é considerada uma condição mais leve da mania, apresentando sintomas brandos, que têm um menor impacto na rotina diária.

Mesmo sendo uma condição que requer atenção, pessoas em estado de hipomania tendem a ter energia elevada, impaciência, excitação e impulsividade.

Sintomas da mania

Os sintomas de mania são diversos, abrangendo aspectos emocionais, físicos e comportamentais, o que evidencia uma alteração significativa no estado habitual de um indivíduo.

Os sintomas emocionais estão associados à euforia extrema, irritabilidade, além de um estado de inquietação contínua.

Pessoas com esses sintomas também tendem a se sentir muito alegres sem razão aparente ou, em contrapartida, experimentar irritação ou frustração com facilidade diante de situações comuns.

Essa variação de emoções pode resultar em dificuldades em se relacionar e até prejudicar o desempenho em atividades comuns. Além disso, os sintomas de mania podem incluir ainda ansiedade e depressão.

Sintomas físicos

No que se refere aos sinais físicos, a pessoa com essa condição pode apresentar um aumento na energia e na atividade física, incluindo fala rápida, comportamentos impulsivos, necessidade de sono reduzida e movimentação intensa.

Somado a isso, é possível que o indivíduo apresente ainda agitação motora, com aumento do interesse pelo sexo e hiperatividade.

Lembrando que, quando associadas, os sintomas emocionais e físicos podem afetar significativamente a vida social e profissional, além de comprometer o bem-estar geral da pessoa.

Comportamentos impulsivos

Os comportamentos impulsivos são um sintoma muito comum da mania. Podemos citar como exemplo decisões imprudentes ou situações de alto risco, como praticar esportes radicais sem a preparação adequada ou dirigir em alta velocidade.

Outro tipo de comportamento impulsivo característico da mania são os gastos excessivos e descontrolados sem considerar a situação financeira.

Além disso, ainda pode haver o consumo ou abuso de substâncias, como álcool e drogas, até comportamentos sexuais inadequados.

Vale lembrar que esses comportamentos impulsivos podem acarretar consequências negativas, impactando a vida geral do indivíduo.

Como é possível definir um comportamento originado de um episódio maníaco?

Para definir um comportamento influenciado por um episódio maníaco e um comportamento excêntrico em uma pessoa, é importante que você conheça as principais características de cada um deles.

Um dos principais sinais de um comportamento originado de um episódio maníaco é a intensidade extrema e também a falta de controle emocional.

Durante esses episódios, é normal que o indivíduo tenha uma euforia intensa, que o deixe extremamente agitado fisicamente ao ponto de apresentar movimentos constantes, como andar de um lado para outro ou falar de maneira rápida.

Outro exemplo é a irritação exagerada ou a alteração anormal do humor. Além disso, durante um episódio maníaco, é possível observar um aumento significativo na libido, levando a comportamentos sexuais de risco, como relações sem proteção.

A falta de concentração, esquecimento e fala acelerada fazem parte do comportamento originado de um episódio maníaco, assim como delírios de grandiosidade, onde o indivíduo pode ter uma autoestima exagerada e acreditar em capacidades extraordinárias.

Os pensamentos suicidas também estão associados a um comportamento influenciado por um episódio de mania.

Geralmente, depois de um evento maníaco, a pessoa fica envergonhada, sente-se sonolenta ou fatigada. Inclusive, indivíduos bipolares também podem entrar em um estado depressivo.

Por outro lado, um comportamento excêntrico é uma condição caracterizada por atitudes um pouco fora do comum e peculiares. Na maioria das vezes, ele reflete um jeito singular ou interesses de um indivíduo que não envolvem intensidade emocional extrema ou falta de controle.

Um exemplo disso comum são os colecionadores de objetos diferentes, como pedras, guarda-chuva ou mesmo embalagens.

Por isso, diferenciar entre um episódio maníaco e um comportamento excêntrico exige cautela e uma avaliação cuidadosa das características da mania.

Causas da mania

A predisposição genética pode ser um dos fatores que desencadeia a mania. Sendo assim, se o indivíduo tem na família pessoas com transtorno bipolar ou qualquer outro tipo de transtorno de humor, ela possui mais chances de desenvolver essas condições.

Contudo, é importante ressaltar que isso não significa que a pessoa desenvolverá a mania de forma definitiva.

Na verdade, a existência de genes de risco aumenta as chances de apresentar essas alterações, mas não assegura que essa condição, de fato, se manifestará.

a man riding a skateboard down the side of a ramp
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Fatores genéticos

Fatores biológicos

A mania também pode ser influenciada a partir de fatores biológicos, como alterações na química do cérebro ou no funcionamento de substâncias, como a serotonina, dopamina e noradrenalina.

Ademais, a mania também pode ser desencadeada por lesões no cérebro, tumores, doenças neurológicas ou mesmo por desequilíbrios hormonais.

A mania como um transtorno pode gerar impactos e riscos na vida de um indivíduo, afetando diretamente na saúde mental, nos seus relacionamentos pessoais e também na sua esfera profissional. Os episódios de alegria e euforia extrema, característicos da mania, são frequentemente seguidos por estados de depressão profunda, especialmente em indivíduos com transtorno bipolar. Em termos de relacionamentos pessoais, alguns sintomas, como a impulsividade e a irritabilidade em um episódio maníaco podem gerar brigas e conflitos entre amigos, colegas de trabalho e também na família.

Somado a isso, a dificuldade em compreender esse transtorno pode levar ao afastamento de pessoas próximas, deixando o indivíduo com sentimentos de rejeição, agravando ainda mais o quadro e aumentando a frequência e a gravidade dos episódios maníacos. Além disso, a mania também impacta negativamente no desempenho profissional, pois pode prejudicar a concentração e resultar em comportamentos impulsivos, que afetam diretamente a qualidade do trabalho desenvolvido e a produtividade. Decisões impulsivas e comportamentos considerados inadequados também podem atrapalhar a carreira do indivíduo. No que tange à saúde física, a mania pode causar padrões de sono irregulares, levando ao desgaste físico e a problemas de saúde a longo prazo.